Foram contemplados pela iniciativa dois projetos de intervenção liderados por promotoras populares de defesa comunitária, com a finalidade de potencializar a defesa dos direitos humanos por meio de mobilização das comunidades em que residem e atuam.
Fruto do curso de Promotoras Populares de Defesa Comunitária, foi lançado um edital de fomento voltado às 90 lideranças formadas e articuladas em uma rede em prol da efetivação dos direitos humanos nos territórios. O edital “Promotoras Populares de Defesa Comunitária em Ação” teve caráter formativo para todas as participantes, oferecendo apoio pedagógico na escrita das proposições submetidas, além de apoiar, financeiramente, a execução de duas propostas selecionadas.
O chamamento de propostas, financiado pela Cáritas Brasileira Regional Minas Gerais, no âmbito do programa Diálogos Comunitários, teve ênfase na mobilização comunitária, sistema de justiça e sistema de segurança pública, buscando fortalecer ações protagonizadas pelas promotoras populares e que colaboram para o avanço nas políticas públicas e para a superação de problemas estruturais que incidem sobre a vida das comunidades.
Conheça a proposta das iniciativas que vão ser apoiadas:
Projeto Casa Acolher para Mulheres
Voltado ao acolhimento de mulheres em situação de vulnerabilidade no Morro das Pedras e proximidades, o projeto busca promover a autonomia e a inclusão econômica, social e cultural de mulheres, prestando, durante a sua execução, assessoria jurídica e atendimento psicológico às vítimas de violência doméstica.
ATUALIZAÇÃO: Em 10 de março de 2018, as promotoras populares de defesa comunitária proponentes do projeto “Casa Acolher para Mulheres” desistiram de receber o recurso previsto no Edital PPDC 01/2017.
Circuito SERRA: transitando na quebrada
Com a proposta de valorizar e (res) significar o território e as manifestações artísticas e culturais do Aglomerado da Serra, o projeto busca efetivar o direito à cultura e ao lazer dos/as moradores/as e fortalecer a identidade dos grupos culturais por meio do estímulo às atividades culturais nas vilas que compõem o Aglomerado, colaborando para que os/as jovens possam olhar para suas realidades de forma mais crítica.
De acordo com Luísa Nonato, a ação é inovadora na comunidade e foi motivada pelo carinho que ela e as outras idealizadoras da proposta têm pelo trabalho dos grupos culturais do Aglomerado. “Temos consciência de que esse projeto pode ser muito potente e já estamos pensando em outras formas de conseguir recursos para que ele funcione ainda com mais estrutura. Vamos precisar de muito apoio técnico, pois é a primeira vez que a maioria de nós executamos um projeto. Toda ajuda, seja ela voluntária ou não, é muito bem-vinda”, considera.