Quando o PDC começou a ser desenvolvido no Aglomerado da Serra, os membros da comunidade mostraram que as áreas verdes desocupadas pela Companhia Urbanizadora de Belo Horizonte (URBEL), no contexto do Programa Vila Viva (realizado entre 2005 e 2011), em vez de terem se tornado parques, estavam ociosas, servindo a reocupações e ao depósito de lixo e entulhos.
Nesse contexto, a equipe técnica do Programa e os membros da comunidade decidiram atuar em uma dessas áreas para consolidar um parque como espaço público de qualidade para a população, o qual pudesse, ao mesmo tempo, ser um espaço de lazer e de geração de renda. O espaço escolhido para a construção do parque foi aquele denominado “Pocinho” ou “Pocim”, onde existe um poço artesiano antigamente utilizado pela população para atividades domésticas e de lazer.
Assim, consolidou-se o Grupo Gestor do Pocinho, atualmente reconhecido por Pocim Vivo, formado por moradores da comunidade e parceiros institucionais (PDC, ASF, Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG, Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – PUC MINAS, Prefeitura de Belo Horizonte – PBH, Comitê de Sub Bacias).
Para legitimar as ações, foi necessário estabelecer uma parceria com a PBH. Isso se tornou possível a partir de uma audiência com representantes da promotoria de Justiça de Habitação e Urbanismo do MPMG, da PBH e da comunidade, que resultou em um convênio para o usufruto do terreno pelo Pocim Vivo por meio do Programa Adote o Verde, publicado em fevereiro de 2017 no Diário Oficial do Município.
O processo também contou com a construção de uma horta comunitária, atualmente gerida pelos próprios membros da comunidade; a criação de identidade visual para o Pocim Vivo por meio de oficina de design participativo conduzida pela AIC; e a constituição de uma associação de catadores de materiais recicláveis para manejo do lixo por meio de apoio jurídico prestado pela equipe do PDC.
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